Terra, Memória, Tecnologia Cerâmica e Identidade: inovar hoje com saber tradicional

>> segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Promotores e Executores do Projeto

O projeto estará aberto a parcerias de outras entidades, em particular museus, associações e empresas culturais. A parceria de base (quatro entidades de Portugal e cinco do Brasil) inclui os principais coordenadores do projeto proposto.


COORDENAÇÃO

1. Câmara Municipal de Mação (CMM) – Museu de Arte Pré-histórica e do Sagrado do Vale do Tejo

Av. Padre António Pereira de Figueiredo, 6200-750 Mação
tel. 241577200

Coordenador do projeto na CMM (Museu de Mação): Jedson Francisco Cerezer
jcpithi@gmail.com
museu@cm-macao.pt

Coordenação no Brasil: André Luís Ramos Soares
alrsoaressan@gmail.com

Responsável: José Manuel Saldanha Rocha (Presidente)
presidente@cm-macao.pt
www.cm-macao.pt

O Município de Mação é um organismo da administração autárquica municipal, com tutela sobre o território do concelho de Mação. Possui o Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, estrutura museológica com diversos projectos em Portugal e no estrangeiro, que será a unidade envolvida no presente projecto.

PARCEIROS EM PORTUGAL

2. Instituto Politécnico de Tomar (IPT)

Estrada da Serra, 2300 Tomar
tel. 249346363, fax. 249346366

Coordenador do projeto no IPT: Conceição Catroga
gri@ipt.pt

Responsável: Eugénio Pina de Almeida (Presidente)
www.ipt.pt

O IPT é uma instituição de ensino superior politécnico, no espaço europeu do ensino superior, dotada de valências nas áreas das ciências, tecnologias, artes e humanidades que, desde a sua génese, concorrem complementarmente para a superior formação dos seus estudantes,

produzindo conhecimento útil, capacidades, competências e aptidões, preparando -os para o mercado de trabalho e para o exercício de uma cidadania cativa numa sociedade democrática.

3. Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (CIAAR)

Largo do Chafariz, 2220-000 Vila Nova da Barquinha
Tel. 249 711 209; Fax. 249 711 390

Coordenador do projecto no CIAAR: José da Silva Gomes
ciaar@portugalmail.pt

Responsável: José da Silva Gomes (Presidente)

O CIAAR tem como principais objectivos estudar e apresentar a arqueologia da região no seu quadro europeu, de maneira a atrair a atenção dos visitantes para a região.

No CIAAR está sediado o Jornal Novo Almourol do qual é proprietário e actualmente, é no CIAAR que se concentra também o serviço de informação à imprensa – Arqueonews Service - sobre as actividades patrimoniais da rede estabelecida entre o CIAAR, o Instituto Politécnico de Tomar e o Instituto Terra e Memória -ITM (Mação).

4. Instituto Terra e Memória

Largo Infante D. Henrique, 6120-750 Mação
Tel. +351 241571307

Coordenador do projeto no ITM: Luiz Oosterbeek
loost@ipt.pt

Responsável: Luiz Oosterbeek (Presidente)
www.institutoterramemoria.org

O ITM visa construir respostas culturais para problemas e dilemas sociais, culturais e ambientais, através da valorização da memória e das ciências, numa lógica sistémica.

PARCEIROS NO BRASIL

5. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Av. Roraima, nº 1000, prédio 47- Reitoria, 9º andar, sala 942. Cidade universitária, Bairro Camobi, Santa Maria - RS. 97.105-900
Tel/fax +55 55 3220.8412

Coordenador do projecto na UFSM: André Luis Ramos Soares
alrsoaressan@gmail.com

Responsável na UFSM: André Luis Ramos Soares

O Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória da UFSM é um projeto institucional, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão, que tem como objetivos desenvolver projetos, atividades, ações e programas de valorização dos patrimônios materiais e imateriais, através de assessoramento das comunidades detentoras de bens culturais não renováveis em seu processo de melhoria de qualidade de vida e gerenciamento dos patrimônios, principalmente através da melhoria de autoestima e produtos culturais.

6. Núcleo de Estudos Negros (NEN)

Avenida Luiz Boiteux Piazza, 4810 , Ponta das Canas, Florianópolis , Santa Catarina, Brasil , CEP: 88056-000
Tel.+5548 99117435

Coordenadora do projeto no NEN: Tânia Tomázia do Nascimento
nen@nen.org.br

Responsável: Joana Célia dos Passos

Organização sem fins lucrativos, empenhada na luta contra ao racismo e todas as formas de discriminação racial e social a que está submetida a população afro-brasileira.

O NEN, a partir de seus estudos e pesquisas e de seus programas de ação nas áreas da Educação, Justiça, Trabalho e Cidadania, busca assegurar o desenvolvimento sustentável nas comunidades negras, urbanas e rurais, e, do mesmo modo, a garantia dos direitos sociais.

7. Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Avenida Universitária 1105, Bairro Universitário, CEP 88806-000, Criciúma/SC
Tel/fax. +554834312500; +554834312589; +554834443761

Coordenador do projecto na UNESC: Jairo José Zocche
jjz@unesc.net
www.unesc.net

Responsável na UNESC: Gildo Vulpato (Diretor Presidente – Reitor)

A Unesc tem como missão "educar, por meio do ensino, pesquisa e extensão, para promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida". Visão de futuro: "Ser reconhecida como uma Universidade Comunitária, de excelência na formação profissional e ética do cidadão, na produção de conhecimentos científicos e tecnológicos, com compromisso sócio-ambiental".

8. IBIO – Instituto Bioatlântica

Rua Goethe, 75 – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 22281-020 – Brasil
Tel/fax: +55 21 2535-3940

Coordenadora do projecto no IBIO: Inguelore Scheunemann
inguelore@ibio.org.br

Responsável legal: Eduardo Figueiredo
eduardo@ibio.org.br
www.ibio.org.br

O IBIO é uma organização sem fins lucrativos brasileira, criada em 2002, cuja missão é aumentar a qualidade ambiental e promover a gestão sustentável dos recursos do território como forma de gerar desenvolvimento econômico, equidade social e bem estar humano.

9. Fundação Nacional do Índio – FUNAI

Coordenação Regional Litoral Sul - CRLS
Rua Margarida de Abreu, nº 395, Bairro Campinas, São José - Santa Catarina
Fone: (48) 3244-0469 – 32408646

Coordenador do projecto na FUNAI: Orivaldo Nunes Junior
nunonunes3@gmail.com

Responsável:. Orivaldo Nunes Junior

Coordenar o processo de formulação e implementação da política indigenista do Estado brasileiro, instituindo mecanismos efetivos de controle social e de gestão participativa, visando à proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas.

De acordo com o Decreto nº. 7.056, de 28 de dezembro de 2009, que dispõe sobre a estrutura regimental da Funai.

RESUMO DO PROJETO

A pesquisa acadêmica ganha neste projeto papel preponderante e dinamizador, pois foi, na relação estreita entre o Museu de Arte Pré-histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, o Instituto Politécnico de Tomar - IPT, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD, a Câmara Municipal de Mação – CMM e o Instituto Terra e Memória - ITM que nasceu às bases para o que hora propomos. O acolhimento por parte das instituições acima citadas do Mestrado em Arqueologia Pré-histórica e Arte Rupestre possibilitou no ano de 2009 a apresentação pública de uma tese de mestrado de um aluno brasileiro cuja base está calcada no Brasil e em Portugal por se tratar da arqueologia guarani e a experimentação arqueológica.

Por meio de pesquisa arqueológica e documental com recurso a arqueologia experimental foi possível recuperar um saber perdido: a Cerâmica Guarani. Os guaranis por serem membros do tronco Tupi e falantes da grande família linguística Tupi-guarani têm na documentação histórica do período de contato, entre europeus e nativos, um vasto acervo de informações que somadas às pesquisas arqueológicas possibilitaram reconstruir gestos e técnicas perdidas nos últimos séculos por aqueles grupos. A recuperação da “tecnologia cerâmica dos guaranis” por meio da pesquisa acadêmica com suporte laboratorial e apoio técnico de profissionais portugueses da área possibilitou um feito inédito, transformando Mação – Portugal no único polo onde atualmente se produz tal cerâmica.

O que se pretende é usar do exemplo da pesquisa sobre a tecnologia cerâmica guarani para englobar outros grupos da sociedade atual onde a cerâmica ainda desenvolve papel fundamental. Se por um lado os guaranis perderam a sua matriz tecnológica por razões múltiplas outros mantiveram, embora sendo em contextos distintos, como é o caso dos oleiros tradicionais do município de São José - Santa Catarina, Brasil.

Em evento realizado no mês de Setembro de 2011, entre o ITM – Portugal, o Núcleo de Estudos Negros - NEN, a Prefeitura Municipal de São José foi possível trocar experiências e dialogar a cerca das tecnológicas que, segundo os oleiros, advêm dos tempos da colonização Lusa nas terras do sul do Brasil. Esta afirmação se comprova por meio de análises tecnológicas e fontes históricas.

No intuito de buscar as origens desta tecnologia em território Português o oleiro do município de São José – SC, Lorival Medeiros com projeto próprio financiado pelo governo Brasileiro visitará Portugal, nos meses de Julho a Setembro deste ano, a fim de realizar pesquisa nos Açores e no continente, no qual um dos locais eleitos é o Laboratório de Tecnologia Cerâmica do Instituto Terra e Memória de Mação, a Biblioteca do Alto Ribatejo sediada no Museu de Arte Pré-Histórica de Mação e o Atelier do Mestre ceramista Miguel Neto – colaborador do Museu de Mação e do ITM.

A experiência obtida a partir da recuperação da tecnologia cerâmica guarani abriu portas para um novo estudo, em curso, sobre as cerâmicas neolíticas de Portugal. Esta pesquisa fomentou um projeto passível de replicação em território brasileiro. A parceria entre o Laboratório de Tecnologia Cerâmica do ITM e o Mestre ceramista Miguel Neto buscou na união entre a arte, as tecnologias antigas e recentes, a arqueologia, o patrimônio e o ramo empresarial a “rentabilização do saber” por meio de produtos de excelência com alto valor agregado. Trata-se de peças cerâmicas utilitárias e decorativas com alta qualidade técnica, que tem em sua base de criação e inspiração a pré-história portuguesa.

A iniciativa desenvolvida em Portugal é por parte dos parceiros brasileiros vista como inovadora, tanto é verdade que os oleiros de São José bem como os “guaranis” – associação dos estudantes indígenas da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM - por meio do Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória – NEP - manifestaram interesse em replicar, com suas adaptações, o projeto iniciado em Mação - Portugal.

Trata-se de uma socialização do saber adquirido por meio da pesquisa acadêmica sem a imposição de um modelo estático de produção artesanal, mas sim uma ação dinamizadora com possibilidade de renda tanto para os grupos guaranis remanescentes que hoje vivem na exclusão como para os oleiros tradicionais.

Estas iniciativas são hoje, no corpo deste projeto apresentadas como uma real possibilidade de federar diversos centros de produção de cerâmicas utilitárias e artesanais, combinando design moderno e motivos artísticos pré-históricos ou arcaicos, constituindo uma oferta de produtos de grande valor cultural e grande valor acrescido, para um mercado internacional, gerindo em rede esse mercado.

Para tal ações sequenciadas serão realizadas no âmbito do projeto. Por serem contextos diferenciados haverá níveis de empenho distintos em cada fase. Se por um lado, para, os oleiros tradicionais onde a técnica se mantem as ações serão voltadas à pesquisa histórica e arqueológica e o melhoramento tecnológico do processo, com o aprimoramento das pastas cerâmicas e fornos mais eficazes. Eventos científicos, como as das IX Jornadas de Arqueologia Ibero-americanas - com proposta para serem realizadas no município de Criciúma-SC- serão espaços para estas temáticas, bem como oficinas onde profissionais portugueses ministrarão cursos de capacitação e introdução das novas técnicas para o aumento da qualidade dos produtos.

Por outro lado temos os guaranis que perderam há séculos a sua tecnologia cerâmica, sendo para este grupo um processo de “reintrodução de uma tecnologia perdida”, com foco nas ações conjuntas entre os órgãos responsáveis e os parceiros envolvidos no projeto. As ações percorrem o campo da socialização do conhecimento; primeiro da “memória indígena” sobre a arte de fazer “panelas de barro”; segundo no reconhecimento tecnológico da “cerâmica guarani” pelos guaranis.

Os eventos envolvem ações no campo universitário e nas aldeias inseridas no projeto, seminários, jornadas, oficinas e publicações serão espaços de partilha dos saberes. O saber construído por meio da pesquisa acadêmica deverá ser socializado e apropriado pelas comunidades guaranis, a sua aplicação prática dar-se-á por meio das trocas de conhecimento, até atingirmos níveis gestuais, técnicos e tecnológicos suficientemente capazes de atender as necessidades exigidas apara um “produto/objeto” de qualidade.

No conjunto do projeto eventos permanentes de acompanhamento deverão fazer parte para a efetivação do propósito inicial garantido assim uma produção independente cujos produtos farão parte de uma rede federada garantindo os direitos de autoria e sua inserção no mercado com valor acrescido.

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